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DIA DO FUZILEIRO 2016
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LEITURAS À VISTA - 07
Para a 7.ª “LEITURA À VISTA”, recomendo o livro: "TRAIÇÃO - O Agente e a Professora", da Editora Casa das letras, redigido por José Lucena Pinto.
O livro narra sobre factos ainda hoje controversos de carácter político, militar e social do passado recente da História de Portugal, incutindo sentimentos fortes ao leitor.
Possui um enredo de leitura fácil e cativante, ombreando com uma história de vida, que espelha o modo de estar na vida do seu autor: "Um só rosto, uma só palavra".
Os "Grupos de caça" da DGS existiram. Não era mais do que equipas de seis elementos, sendo um deles Agente, os outros elementos Agentes Auxiliares autóctones que, falavam perfeitamente as línguas das zonas onde os "grupos" actuavam.
As deslocações para as zonas de intervenção eram executadas em jeep Land Rover, algumas vezes integradas em MVL - Movimento Viaturas de Logística. Também por Heli Allouete III ou outros meios.
Os "Grupos de caça", eram fundamentalmente grupos de recolha de informações, estando muitas vezes oito dias em zonas de alto risco, camufladas dos olhares. Por vezes, havia contactos de fogo em que, tanto da parte do IN-Inimigo como dos "Grupos de caça" havia mortos e feridos. Uma homenagem aqui, ao primeiro mentor desses "Grupos de recolha de Informações " - Orlando Cristina.
O livro, destina-se a divulgar em tom romanceado, a história da Brigada da DGS-Nampula que, constituía os três "Grupos de caça". Desde o humor de situações caricatas, passando pelo amor de um Agente e uma Professora, a recolha de informações em zonas de 100% de risco e as operações, algumas clandestinas em países limítrofes a Moçambique.
Os Informadores a quem a DGS recorria, alguns em Embaixadas, foram de inestimável valor. Por fim, o livro aborda a traição política militar de que esses Agentes foram vítimas.
Possui um enredo de leitura fácil e cativante, ombreando com uma história de vida, que espelha o modo de estar na vida do seu autor: "Um só rosto, uma só palavra".
Os "Grupos de caça" da DGS existiram. Não era mais do que equipas de seis elementos, sendo um deles Agente, os outros elementos Agentes Auxiliares autóctones que, falavam perfeitamente as línguas das zonas onde os "grupos" actuavam.
As deslocações para as zonas de intervenção eram executadas em jeep Land Rover, algumas vezes integradas em MVL - Movimento Viaturas de Logística. Também por Heli Allouete III ou outros meios.
Os "Grupos de caça", eram fundamentalmente grupos de recolha de informações, estando muitas vezes oito dias em zonas de alto risco, camufladas dos olhares. Por vezes, havia contactos de fogo em que, tanto da parte do IN-Inimigo como dos "Grupos de caça" havia mortos e feridos. Uma homenagem aqui, ao primeiro mentor desses "Grupos de recolha de Informações " - Orlando Cristina.
O livro, destina-se a divulgar em tom romanceado, a história da Brigada da DGS-Nampula que, constituía os três "Grupos de caça". Desde o humor de situações caricatas, passando pelo amor de um Agente e uma Professora, a recolha de informações em zonas de 100% de risco e as operações, algumas clandestinas em países limítrofes a Moçambique.
Os Informadores a quem a DGS recorria, alguns em Embaixadas, foram de inestimável valor. Por fim, o livro aborda a traição política militar de que esses Agentes foram vítimas.
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APRESENTAÇÃO DE LIVRO
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INFORMAÇÃO DIA DO FZ 2016 DO CALM COMANDANTE DO CORPO DE FUZILEIROS
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NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE VIATURAS ANTIGAS DA MARINHA
ACTUALIZADO (com fotos de José Manuel Miragaia Tomás)
A DT - Direcção de Transportes da Marinha de Guerra Portuguesa criou o designado "Núcleo Museológico de Viaturas Antigas da Marinha" em 01/10/2001, aquando da transferência para as novas instalações, contando com uma fabulosa colecção de 22 viaturas antigas que em tempos fizeram parte do efectivo activo da Armada.
Actualmente participam em desfiles e concentrações de viaturas antigas, representando a Briosa, a par de eventos como o "Dia da Marinha" e "Dia da Unidade (da própria DT)", grande parte das viaturas estão homologadas pela CPAA e, todas têm a particularidade de se deslocarem sempre pelos próprios meios!
A totalidade ou parte das viaturas já participaram nos seguintes eventos:
- Circuito de Viaturas Antigas OLT-DAS;
- "Dia da Marinha 2012";
- Em Maio de 2013 estiveram numa exposição na Quinta da Marialva - Corroios;
- Passeio de São Martinho 2014;
- A 28 de maio de 2014, as viaturas da marca Mercedes marcaram presença numa exposição do recém inaugurado Classic Center da Mercedes-Benz Portugal, Abrunheira - Sintra;
- No dia 20 de Setembro de 2014 estiveram presentes 09 viaturas no V Desfile “Veículos com História” organizado pela Comissão de Festas de N.ª Sr.ª do Cabo Espichel, de S. Pedro de Penaferrim - Sintra;
- Moda Lisboa 2015;
- Em Maio de 2015, estiveram no "Dia da Marinha".
Futuramente vão marcar presença numa exposição estática a 04 de Julho no "Dia do Fuzileiro 2015".
A DT - Direcção de Transportes da Marinha de Guerra Portuguesa criou o designado "Núcleo Museológico de Viaturas Antigas da Marinha" em 01/10/2001, aquando da transferência para as novas instalações, contando com uma fabulosa colecção de 22 viaturas antigas que em tempos fizeram parte do efectivo activo da Armada.
Actualmente participam em desfiles e concentrações de viaturas antigas, representando a Briosa, a par de eventos como o "Dia da Marinha" e "Dia da Unidade (da própria DT)", grande parte das viaturas estão homologadas pela CPAA e, todas têm a particularidade de se deslocarem sempre pelos próprios meios!
A totalidade ou parte das viaturas já participaram nos seguintes eventos:
- Circuito de Viaturas Antigas OLT-DAS;
- "Dia da Marinha 2012";
- Em Maio de 2013 estiveram numa exposição na Quinta da Marialva - Corroios;
- Passeio de São Martinho 2014;
- A 28 de maio de 2014, as viaturas da marca Mercedes marcaram presença numa exposição do recém inaugurado Classic Center da Mercedes-Benz Portugal, Abrunheira - Sintra;
- No dia 20 de Setembro de 2014 estiveram presentes 09 viaturas no V Desfile “Veículos com História” organizado pela Comissão de Festas de N.ª Sr.ª do Cabo Espichel, de S. Pedro de Penaferrim - Sintra;
- Moda Lisboa 2015;
- Em Maio de 2015, estiveram no "Dia da Marinha".
Futuramente vão marcar presença numa exposição estática a 04 de Julho no "Dia do Fuzileiro 2015".
As viaturas que compõe o "Núcleo Museológico de Viaturas Antigas da Marinha" são:
- AP-05-26 CHEVROLET ED LORDMASTER de 1948.
- AP-05-26 CHEVROLET ED LORDMASTER de 1948.
É uma viaturas com capacidade para 09 passageiros, com motor a gasolina de 3515cc de cilindrada e 90cv, caixa manual e tracção traseira.
Na Marinha serviu como viatura de instrução de pesados de passageiros na Escola de Máquinas (Grupo nº 1 de Escolas da Armada), actualmente encontra-se em exposição permanente nas instalações da DT.
Entrou ao serviço em 01/05/1948, no então G2EA - Grupo n.º 1 de Escolas da Armada e mais tarde na DT, com 35 anos foi abatida em 29/04/1983 e a musealização ocorreu em 2000.
A sua produção começou em Maio de 1947, sendo as primeiras viaturas da marca GM do pós 2.ª Guerra Mundial, existiram vários modelos e eram considerados o topo de gama da marca.
- AP-35-90 MERCEDES-BENZ 190D de 1993.
Viatura 05 passageiros equipada com um motor a gasóleo com 2497cc, caixa manual e tracção traseira, esta viatura de 05 lugares entrou ao serviço em 1993 e esteve atribuída ao Aquário Vasco da Gama e à DT para o transporte de Oficiais Generais, foi abatida em 2013 com 179.236km, foi um modelo produzido entre 1982 e 1993, sendo considerado o mais pequeno e compacto da marca.
- AP-20-97 DODGE WC5I de 1954.
Designado pelas forças militares portuguesas durante a Guerra Colonial por "Jipão", trata-se de uma viatura Todo-o-Terreno de 08 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual, está equipada com um motor Chrysler T-214 a gasolina de 2302cc de cilindrada e 93cv.
Designado pelas forças militares portuguesas durante a Guerra Colonial por "Jipão", trata-se de uma viatura Todo-o-Terreno de 08 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual, está equipada com um motor Chrysler T-214 a gasolina de 2302cc de cilindrada e 93cv.
Entrou ao serviço em 01/01/1954 e esteve destacada do Comando da Defesa Marítima do Porto de Leixões até ser abatida a 07/02/2001. Apesar dos seus 47 anos de serviço tem somente 1960km!
Este tipo de viatura foi muito utilizado durante a 2.ª Guerra Mundial pelo Exército Norte-americano e, pelo Exército Português durante a Guerra Colonial.
Este tipo de viatura foi muito utilizado durante a 2.ª Guerra Mundial pelo Exército Norte-americano e, pelo Exército Português durante a Guerra Colonial.
- AP-07-79 MERCEDES-BENZ 300 SL Automatic de 1961.
É conhecido por Mercedes "carro de parada" ou "Adenauer" por ter sido o modelo de viatura que serviu o 1.º Chanceler da RFA Konrad Adenauer.
Esta viatura de 06 passageiros e tracção traseira, como o próprio nome indica tem caixa automática, possui um motor a gasolina de 2996cc de cilindrada e 180cv / 5500rpm.
Entrou ao serviço em 04/01/1962 e esteve ao serviço do Gabinete do Ministro da Marinha, do Gabinete do Almirante CEMA, da BNL e da Direcção de Abastecimento e da DT, sendo utilizada para o transporte de Oficiais Generais, inclusive serviu o antigo Presidente da República Almirante Américo Thomaz enquanto Ministro da Marinha.
Foi abatido ao serviço em Dezembro de 1980, após 53 anos de serviço e 72.355km percorridos, a 01/10/2001, quando a DT passou a ocupar as actuais instalações, esta viatura integrou o seu Núcleo Museológico.
É conhecido por Mercedes "carro de parada" ou "Adenauer" por ter sido o modelo de viatura que serviu o 1.º Chanceler da RFA Konrad Adenauer.
Esta viatura de 06 passageiros e tracção traseira, como o próprio nome indica tem caixa automática, possui um motor a gasolina de 2996cc de cilindrada e 180cv / 5500rpm.
Entrou ao serviço em 04/01/1962 e esteve ao serviço do Gabinete do Ministro da Marinha, do Gabinete do Almirante CEMA, da BNL e da Direcção de Abastecimento e da DT, sendo utilizada para o transporte de Oficiais Generais, inclusive serviu o antigo Presidente da República Almirante Américo Thomaz enquanto Ministro da Marinha.
Foi abatido ao serviço em Dezembro de 1980, após 53 anos de serviço e 72.355km percorridos, a 01/10/2001, quando a DT passou a ocupar as actuais instalações, esta viatura integrou o seu Núcleo Museológico.
- AP-07-34 JEEP WILLIS CJ 3B de 1961.
É conhecido popularmente por "Willy's" e apresenta a configuração original do Jeep Willys da 2.ª Guerra Mundial, trata-se de uma viatura Todo-o-Terreno de 06 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual. Está equipada com um motor a gasolina de 2199cc de cilindrada.
Na Marinha Portuguesa serviu como viatura de transporte de militares e esteve ao serviço do então G1EA - Grupo n.º 1 de Escolas da Armada e da Escola de Fuzileiros.
Entrou ao serviço em 01/03/1961 e a musealização ocorreu em Novembro de 1991, após ter efectuado 43.362km.
É conhecido popularmente por "Willy's" e apresenta a configuração original do Jeep Willys da 2.ª Guerra Mundial, trata-se de uma viatura Todo-o-Terreno de 06 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual. Está equipada com um motor a gasolina de 2199cc de cilindrada.
Na Marinha Portuguesa serviu como viatura de transporte de militares e esteve ao serviço do então G1EA - Grupo n.º 1 de Escolas da Armada e da Escola de Fuzileiros.
Entrou ao serviço em 01/03/1961 e a musealização ocorreu em Novembro de 1991, após ter efectuado 43.362km.
- AP-10-90 MERCEDES-BENZ 300 SEL 3.5 de 1967.
Equipada com um motor a gasolina de 06 cilindros em linha com 2996cc de cilindrada e 180cv / 3500rpm, caixa manual e tracção traseira, esta viatura de 05 passageiros entrou ao serviço em 29/03/1967 e esteve sempre atribuída à DT para o transporte de Oficiais Generais, percorreu 9.445 km, tendo apenas sido retirada ao efectivo da Marinha em Janeiro de 2000.
Equipada com um motor a gasolina de 06 cilindros em linha com 2996cc de cilindrada e 180cv / 3500rpm, caixa manual e tracção traseira, esta viatura de 05 passageiros entrou ao serviço em 29/03/1967 e esteve sempre atribuída à DT para o transporte de Oficiais Generais, percorreu 9.445 km, tendo apenas sido retirada ao efectivo da Marinha em Janeiro de 2000.
- AP-31-45 VOLKSWAGEN TRANSPORTER T2 EARLY BAY WINDOWS de 1969.
Versão ambulância do vulgarmente conhecido “Pão de Forma”, como características principais realça-se o seu motor a gasolina refrigerado a ar com 1584cc de cilindrada e 46cv, lugar para 04 passageiros e 01 maca, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço em 11/06/1969 e foi abatida em Setembro de 2009, durante 40 anos e com 59.948km rodados foi usada para transporte de doentes ao serviço do Arsenal do Alfeite.
De construção robusta monobloco (sem chassis), porta lateral de correr (uma inovação para a altura), beneficiava de boa visibilidade, excelente capacidade de manobra e uma facilidade de condução.
Versão ambulância do vulgarmente conhecido “Pão de Forma”, como características principais realça-se o seu motor a gasolina refrigerado a ar com 1584cc de cilindrada e 46cv, lugar para 04 passageiros e 01 maca, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço em 11/06/1969 e foi abatida em Setembro de 2009, durante 40 anos e com 59.948km rodados foi usada para transporte de doentes ao serviço do Arsenal do Alfeite.
De construção robusta monobloco (sem chassis), porta lateral de correr (uma inovação para a altura), beneficiava de boa visibilidade, excelente capacidade de manobra e uma facilidade de condução.
- AP-14-55 MERCEDES-BENZ 230 LONG Limousine de 1970.
Como principais características realça-se o motor a gasolina de 2293cc de cilindrada, caixa manual de 04 velocidades e tracção traseira.
Esta viatura de 09 passageiros esteve sempre atribuída à DT para o transporte de entidades VIP e Oficiais Generais, era considerado um marco na história da Mercedes-Benz e o modelo mais luxuoso e confortável, tendo sido produzido entre 1968 e 1976.
Entrou ao serviço em Fevereiro de 1971, com 24.258km foi retirada do efectivo da Marinha no ano de 2000.
Como principais características realça-se o motor a gasolina de 2293cc de cilindrada, caixa manual de 04 velocidades e tracção traseira.
Esta viatura de 09 passageiros esteve sempre atribuída à DT para o transporte de entidades VIP e Oficiais Generais, era considerado um marco na história da Mercedes-Benz e o modelo mais luxuoso e confortável, tendo sido produzido entre 1968 e 1976.
Entrou ao serviço em Fevereiro de 1971, com 24.258km foi retirada do efectivo da Marinha no ano de 2000.
- AP-16-11 MERCEDES Unimog U411.115 de 1970.
O Unimog 411 foi um modelo produzido com especificações do Exército Português, sendo alcunhado pelas forças militares portuguesas durante a Guerra Colonial por "Burro do Mato", devido ao seu pequeno tamanho e uso para os mais variados fins, sendo desprovido de qualquer tipo de luxo.
É uma viatura Todo-o-Terreno de 02 passageiros equipada com um motor a gasóleo de 1767cc de cilindrada e 38cv, possui caixa manual e tracção 4x4.
Entrou ao serviço em 18/02/1972 e foi abatida a 07/02/2011 com 25.000km efectuados, esteve ao serviço da Base de Fuzileiros e foi transferida para o Núcleo Museológico a 23/03/2011.
O Unimog 411 foi um modelo produzido com especificações do Exército Português, sendo alcunhado pelas forças militares portuguesas durante a Guerra Colonial por "Burro do Mato", devido ao seu pequeno tamanho e uso para os mais variados fins, sendo desprovido de qualquer tipo de luxo.
É uma viatura Todo-o-Terreno de 02 passageiros equipada com um motor a gasóleo de 1767cc de cilindrada e 38cv, possui caixa manual e tracção 4x4.
Entrou ao serviço em 18/02/1972 e foi abatida a 07/02/2011 com 25.000km efectuados, esteve ao serviço da Base de Fuzileiros e foi transferida para o Núcleo Museológico a 23/03/2011.
Surgiu inicialmente como viatura civil da Mercedes em 1945 para trabalho agrícola e recebeu o nome de Unimog (UNIversal-MOtor-Gerät) em 1946.
- AP-18-49 VOLKSWAGEN BEETLE1302 S de 1974.
Popularmente conhecido por Volkswagen “Carocha”, esta viatura 05 passageiros está equipada com um motor a gasolina de 1285cc de cilindrada e 44cv / 4100rpm, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço 01/02/1974, tendo sido utilizada para transporte de pessoal e instrução de ligeiros, esteve ao serviço da Escola de Fuzileiros e da DT, abatida com 17.110km efectuados foi destacada em 2001 para o Núcleo Museológico.
Popularmente conhecido por Volkswagen “Carocha”, esta viatura 05 passageiros está equipada com um motor a gasolina de 1285cc de cilindrada e 44cv / 4100rpm, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço 01/02/1974, tendo sido utilizada para transporte de pessoal e instrução de ligeiros, esteve ao serviço da Escola de Fuzileiros e da DT, abatida com 17.110km efectuados foi destacada em 2001 para o Núcleo Museológico.
- AP-21-11MERCEDES Unimog 416 de 1979.
Esta viatura Todo-o-Terreno de 12 passageiros está equipada com um motor a gasóleo de 5675cc de cilindrada, possui caixa manual e tracção 4x4.
Esta viatura Todo-o-Terreno de 12 passageiros está equipada com um motor a gasóleo de 5675cc de cilindrada, possui caixa manual e tracção 4x4.
Entrou ao serviço em 01/08/1979 e foi abatida a 07/02/2011 com 50.510km efectuados, esteve ao serviço da Base de Fuzileiros, foi transferida para o Núcleo Museológico em Março de 2011.
- AP-27-26 RENAULT 4GTL de 1987.
Esta viatura ligeira misto de 05 passageiros está equipada com um motor a gasolina de 1108cc de cilindrada e 34cv / 4000rpm, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço 02/12/1987, tendo sido utilizada para transporte de pessoal e serviços administrativos no Arsenal do Alfeite, esteve destacada na Direcção do Serviço de Manutenção, abatida a 13/02/2003 com 16 anos e 160.000km percorridos, foi para o Núcleo Museológico em novembro de 2010.
Foi modelo que surgiu em 1961 criado para substituir o 4cv "Joaninha" e competir com o Citroën 2cv, era considerado uma viatura original, funcional e revolucionária no seu tempo.
- AP-26 46 MERCEDES 240GD de 1985.
Viatura táctica Todo-o-Terreno de 08 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual, está equipada com um motor a gasóleo de 2350cc de cilindrada e 72cv / 4400rpm.
Fez parte dos meios da CATT - Companhia de Apoio de Transportes Tácticos do Corpo de Fuzileiros e efectuou serviços administrativos na Base de Fuzileiros.
Entrou ao serviço em 25/09/1985, foi abatida a 03/02/2011 com 30 anos e 77.709km de serviço e, a musealização ocorreu em Dezembro de 2014.
- AP-27-26 RENAULT 4GTL de 1987.
Esta viatura ligeira misto de 05 passageiros está equipada com um motor a gasolina de 1108cc de cilindrada e 34cv / 4000rpm, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço 02/12/1987, tendo sido utilizada para transporte de pessoal e serviços administrativos no Arsenal do Alfeite, esteve destacada na Direcção do Serviço de Manutenção, abatida a 13/02/2003 com 16 anos e 160.000km percorridos, foi para o Núcleo Museológico em novembro de 2010.
Foi modelo que surgiu em 1961 criado para substituir o 4cv "Joaninha" e competir com o Citroën 2cv, era considerado uma viatura original, funcional e revolucionária no seu tempo.
- AP-26 46 MERCEDES 240GD de 1985.
Viatura táctica Todo-o-Terreno de 08 passageiros, com tracção 4x4 e caixa manual, está equipada com um motor a gasóleo de 2350cc de cilindrada e 72cv / 4400rpm.
Fez parte dos meios da CATT - Companhia de Apoio de Transportes Tácticos do Corpo de Fuzileiros e efectuou serviços administrativos na Base de Fuzileiros.
Entrou ao serviço em 25/09/1985, foi abatida a 03/02/2011 com 30 anos e 77.709km de serviço e, a musealização ocorreu em Dezembro de 2014.
- AP-19-99 INTERNACIONAL HARVESTER LOADSTAR 1700 4x4 de 1976.
Está equipada com um motor a gasolina de 5700cc de cilindrada e 210cv, possui caixa manual e tracção 4x4.
Tratando-se de uma viatura Auto-tanque, o seu principal papel na área da limitação de avarias destinava-se ao combate a incêndios.
Entrou ao serviço em 01/01/1976 e foi abatida a 19/11/2002, com 26 anos de serviço e 21.000km percorridos, esteve ao serviço no depósito de munições NATO de Lisboa, foi transferida para o Núcleo Museológico a 02 de Abril de 2002.
- AP-28-73 MAGIRUS DEUTZ 178D 15 A JUPIPER 6x6 de 1959.
Camião com motor multi-combustível (diesel, querosene, petróleo e gasolina) de 12667cc de cilindrada e 178cv / 2300rpm, possui caixa manual e tracção 6x6.
Trata-se de uma viatura Auto-tanque de combate a incêndios de fabrico alemão, entrou ao serviço em 1959 no Arsenal do Alfeite.
Está equipada com um motor a gasolina de 5700cc de cilindrada e 210cv, possui caixa manual e tracção 4x4.
Tratando-se de uma viatura Auto-tanque, o seu principal papel na área da limitação de avarias destinava-se ao combate a incêndios.
Entrou ao serviço em 01/01/1976 e foi abatida a 19/11/2002, com 26 anos de serviço e 21.000km percorridos, esteve ao serviço no depósito de munições NATO de Lisboa, foi transferida para o Núcleo Museológico a 02 de Abril de 2002.
- AP-28-73 MAGIRUS DEUTZ 178D 15 A JUPIPER 6x6 de 1959.
Camião com motor multi-combustível (diesel, querosene, petróleo e gasolina) de 12667cc de cilindrada e 178cv / 2300rpm, possui caixa manual e tracção 6x6.
Trata-se de uma viatura Auto-tanque de combate a incêndios de fabrico alemão, entrou ao serviço em 1959 no Arsenal do Alfeite.
Foi desenvolvido especialmente para uso em aeródromos pelas FA's Alemãs e Polícia Federal Alemã, a cúpula no tecto da cabine era para observação, possui um canhão de água no tejadilho, com capacidade de projecção a 50 metros e um fluxo de água de 800 litros / minuto a 8 bar.
-AP-28-72 MERCEDES LG 315/46 de 1963.
Camião com motor multi-combustível (diesel, querosene, petróleo e gasolina) de 8276cc de cilindrada e 145cv / 2100rpm, possui caixa manual e tracção 4x4.
Trata-se de uma viatura Auto-tanque de combate a incêndios de fabrico alemão, entrou ao serviço em 1963 no Arsenal do Alfeite.
Motociclo de 02 passageiros com 02 cilindros e um motor a gasolina refrigerado a ar a 4 tempos de 494cc e 35cv / 6400rpm, caixa manual e tracção traseira, esteve ao serviço da Base Naval de Lisboa, Comando do Corpo de Fuzileiros e do então Grupo n.º 1 de Escolas da Armada e, foi utilizada na instrução de veículos ligeiros de duas rodas.
Considerado um dos primeiros modelos de motociclos recreativos de produção modular, possuía garfo telescópico com amortecedores hidráulicos.
-AP-28-72 MERCEDES LG 315/46 de 1963.
Camião com motor multi-combustível (diesel, querosene, petróleo e gasolina) de 8276cc de cilindrada e 145cv / 2100rpm, possui caixa manual e tracção 4x4.
Trata-se de uma viatura Auto-tanque de combate a incêndios de fabrico alemão, entrou ao serviço em 1963 no Arsenal do Alfeite.
Foi dos primeiros modelos de caminhões do pós 2.ª Guerra Mundial projetados especificamente para as FA's Alemãs, possui uma escotilha no tecto da cabine e as bombas tem capacidade de fluxo de água de 2400 litros / minuto a 8 bar.
- AP-02-00 Motociclo BMW R.50/5 de 1971.Motociclo de 02 passageiros com 02 cilindros e um motor a gasolina refrigerado a ar a 4 tempos de 494cc e 35cv / 6400rpm, caixa manual e tracção traseira, esteve ao serviço da Base Naval de Lisboa, Comando do Corpo de Fuzileiros e do então Grupo n.º 1 de Escolas da Armada e, foi utilizada na instrução de veículos ligeiros de duas rodas.
Considerado um dos primeiros modelos de motociclos recreativos de produção modular, possuía garfo telescópico com amortecedores hidráulicos.
- AP-01-23 Scooter VESPA 150 de 1963.
Famosa Scooter com um zumbido característico que lembra uma vespa, de apenas 01 passageiro com um motor a gasolina de 150cc, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço em 01/03/1963 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Base Naval de Lisboa, ingressou o Núcleo Museológico em 2000. Era considerado um símbolo da liberdade e de esperança.
- AP-81-30 Motociclo FAMEL ZÜNDAPP KS SPORT 50 de 1988.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 50cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1988 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Delegação Marítima do Porto, foi transferida para o Núcleo Museológico em 2014.
Célebre marca de fabrico nacional em Águeda, utilizava maioritariamente motores Zündapp produzido na Alemanha, ficou celebre a publicidade FAMEL - "Fogo a mota é linda!".
- AP-04-08 Motociclo SIS SACHS SAXONETTE MINOR GT de 1985.
Motociclo de 01 passageiro com um motor a gasolina de 44cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1985 como meio de transporte de correspondência e estafeta em S. Martinho do Porto, foi transferida para o Núcleo Museológico em 2013.
Conhecida marca de fabrico nacional em Anadia, utiliza motores Sachs produzido na Alemanha.
- AP-80-52 Motociclo CASAL K182 de 1980.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 49.9cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1980 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Capitania do Porto de Setúbal, foi abatida em 10/09/2009 e a musealização ocorreu em 2014.
Famosa marca de fabrico nacional em Aveiro.
- AP-81-56 Motociclo SACHS HÉRCULES 125 de 1983.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 125cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1983 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Capitania do Porto de Peniche, foi abatida em 23/02/2000 e a musealização ocorreu no mesmo ano.
Famosa Scooter com um zumbido característico que lembra uma vespa, de apenas 01 passageiro com um motor a gasolina de 150cc, caixa manual e tracção traseira.
Entrou ao serviço em 01/03/1963 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Base Naval de Lisboa, ingressou o Núcleo Museológico em 2000. Era considerado um símbolo da liberdade e de esperança.
- AP-81-30 Motociclo FAMEL ZÜNDAPP KS SPORT 50 de 1988.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 50cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1988 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Delegação Marítima do Porto, foi transferida para o Núcleo Museológico em 2014.
Célebre marca de fabrico nacional em Águeda, utilizava maioritariamente motores Zündapp produzido na Alemanha, ficou celebre a publicidade FAMEL - "Fogo a mota é linda!".
- AP-04-08 Motociclo SIS SACHS SAXONETTE MINOR GT de 1985.
Motociclo de 01 passageiro com um motor a gasolina de 44cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1985 como meio de transporte de correspondência e estafeta em S. Martinho do Porto, foi transferida para o Núcleo Museológico em 2013.
Conhecida marca de fabrico nacional em Anadia, utiliza motores Sachs produzido na Alemanha.
- AP-80-52 Motociclo CASAL K182 de 1980.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 49.9cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1980 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Capitania do Porto de Setúbal, foi abatida em 10/09/2009 e a musealização ocorreu em 2014.
Famosa marca de fabrico nacional em Aveiro.
- AP-81-56 Motociclo SACHS HÉRCULES 125 de 1983.
Motociclo de 02 passageiro com um motor a gasolina de 125cc, caixa manual e tracção traseira. Entrou ao serviço em 1983 como meio de transporte de correspondência e estafeta na Capitania do Porto de Peniche, foi abatida em 23/02/2000 e a musealização ocorreu no mesmo ano.
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LEITURAS À VISTA - 06
Para esta 6.ª “LEITURA À VISTA”, recomendo o livro: "Memórias de um guerreiro colonial", redigido pelo SMOR FZE José Gomes Talhadas.
«A GUERRA COLONIAL ainda hoje é contada, publicamente, sobre a perspectiva dos seus Oficiais e chefes militares, mesmo quando transcrita em livros de ficção. Pouco tem sido relatado ou reportado por aqueles que, embora sendo o essencial da sua componente humana, constituíram o chamado "pessoal" normal, vulgar.
Daí, na maior parte das vezes, menosprezado. Iremos dar uma volta ao tema. O objectivo desta colecção é, precisamente, dar voz aos que, tendo algo para contar, se refugiaram sempre na dificuldade de expor, de escrever, ou de serem pessoas "sem importância" no que se passou. As suas histórias e estórias deles são essenciais, no entanto, para se formar a História da Guerra Colonial.
Queremos que sejam eles a dar a sua versão, a sua visão, que tantas vezes se tornam uma preciosidade de memória de grande relevância, mas que, ao longo destes mais de 35 anos, têm ficado retidas apenas nos pensamentos íntimos de cada um.
Vamos fazer um esforço para que os relatos ou as memórias da Guerra Colonial se tornem mais democráticas e sirvam para dar a conhecer, na sua singeleza, às gerações vindouras uma saga que mobilizou, directamente, mais de um milhão de portugueses e atingiu os restantes nove milhões. Um convite está lançado aos que guardam recordações ou memórias na consciência ou baús: transformem-nas em escrita».
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APRESENTAÇÃO: "A REESTRUTURAÇÃO DO CORPO DE FUZILEIROS"
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HISTÓRIA À VISTA - 38
HISTÓRIA À VISTA N.º 38, da autoria do SAJ REF de Manobra Bernardino da Silva Torres (248650) de 86 anos, então conhecido por Cabo Silva, primeiro Patrão da LDM 404 “CHIPA”.
Em Outubro de 1964 fui destacado pelo Comando para a guerra de Moçambique e nomeado como Patrão da Lancha de Desembarque Média LDM 404 para o Lago de Niassa, faziam parte da guarnição desta lancha 01 Cabo, 02 Condutores de Máquinas, 01 Marinheiro Artilheiro e 01 Marinheiro Telegrafista.
A lancha e a guarnição embarcaram no navio-mercante misto “Beira”, misto porque era de carga e passageiros, ao fim de 28 dias de navegação chegou-se a Lourenço Marques onde desembarcou a guarnição e a referida lancha LDM 404.
Aqui embarcaram várias entidades para apreciarem a lancha a navegar por vários sítios da Baía de Lourenço Marques, daqui foi a reboque de uma Fragata com destino ao Chinde, depois foi rebocada de novo para a ilha de Moçambique e no Lumbo embarcou com a sua guarnição numa plataforma de comboio que ao longo do percurso demorou a chegar ao Catur 20 dias.
Ao longo da linha havia várias pontes e como a lancha era mais larga que as referidas, tinha-se que fazer manobras por forma a pô-la mais alta para atravessar as referidas pontes. Durante o percurso foi acompanhada por um Pelotão de soldados para a sua segurança.
Depois de chegar ao Catur, onde acabava a linha férrea, foi colocada em cima de um camião, no seu percurso em duas curvas muito fechadas a lancha e o camião viraram-se, com muitos sacrifícios foi colocada de modo a prosseguir a sua viagem.
Ao longo do caminho rebentaram minas que fizeram com que a lancha não prosseguisse, mas com todas as dificuldades lá conseguimos chegar ao Lago Niassa. Foi lançada à água e prossegui a sua viagem até Metangula onde estava o Comando de Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa.
Ao longo de meses transportou-se Fuzileiros, Companhias do Exército e foram feitas várias missões ao longo da costa do Lago Niassa, por vezes faziam-se com grandes dificuldades pelo motivo de se formarem altas vagas de 4 e 5 metros de altura.
Mais tarde a lancha LDM 404 foi transformada em lancha de carga, sendo pintada de verde, foi colocada uma cobertura no poço para transporte de gasóleo. A sua guarnição passou de militar para civil, trabalhando para a firma SONAREP, de onde este combustível era transportado do Malawi.
A guarnição tinha cédulas marítimas, a 1ª viagem de Metangula foi realizada às 10 horas da noite, chegou-se ao destino no Malawi a 01 hora da tarde, logo a chegada estavam muitas pessoas a sua espera, incluindo autoridades fiscais que a revistaram.
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NAVIO DE APOIO LOGÍSTICO “SÃO MIGUEL” / 1.ª PARTE
NAVIO-MERCANTE:
Começou a ser construído em 28 de Junho de 1961 pelos Estaleiros Navais KHW - “Kieler Howaldtswerke A.G.” de Kiel (construção n.º 1089), na antiga República Federal Alemã, sendo lançado à água a 19 de Maio de 1962, efectuando as provas de mar a 16 de Julho do mesmo ano.
Foi construído em aço como cargueiro mercante, caracterizado por uma proa direita lançada, popa de cruzador, convés subido à ré e fundo chato, para a Companhia de Navegação norueguesa “Fjell Lines”, cujo armador era “A/S Luksefjell & AS Rudoll” do grupo “Olsen & Ugelstad” de Oslo - Noruega, recebendo o nome de “Sirefjell”.
O "Sirefjell" na Noruega (Foto de Andre Opplysninger)
O "Sirefjell" na Noruega (Foto de Andre Opplysninger)
A 05 de Agosto de 1971, o “Sirefjell” foi adquirido em Oslo - Noruega pela Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes SARL (SG) por 960 mil US Dólares, sucedendo-se a entrega formal do navio (embandeirado) a 27 de Agosto de 1971 em Toulon - França.
De destacar que a aquisição foi efectuada conjuntamente com o navio gémeo “Haukefjell”, em virtude da “Fjell Lines” ter optado por reduzir a sua frota, sendo rebaptizados respectivamente de “Cabo Verde” (ex-“Sirefjell”) e “Cabo Bojador” (ex-“Haukefjell”).
O "Cabo Verde" com as cores da SG - Sociedade Geral (Foto cedida por Reinaldo Delgado)
O "Cabo Verde" com as cores da SG - Sociedade Geral (Foto cedida por Reinaldo Delgado)
A 02 de Setembro de 1971, realiza a sua viagem inaugural (após aquisição pela SG), sendo registado na Capitania do Porto de Lisboa a 26 de Outubro do mesmo ano (livro 18 / folha 105) e recebendo o Indicativo de Chamada: CSDB. A título de curiosidade é de salientar que o “Cabo Verde” e “Cabo Bojador” foram os dois últimos navios a integrar a frota da SG.
A 30 de Dezembro de 1971, o “Cabo Verde”, tal como a restante frota e interesses marítimos da SG, é vendido à Companhia Nacional de Navegação (CNN) por 30 mil contos (150.000 €), ocorrendo a entrega formal do navio a 01 de Janeiro de 1972, fruto do facto da SG deixar de ser empresa armadora de navios e, ambas Companhias de Navegação integrantes do Grupo CUF.
O "Cabo Verde" na Doca de Alcântara - Lisboa em Dezembro de 1981 (Foto cedida por Luís Miguel Correia)
O "Cabo Verde" na Doca de Alcântara - Lisboa em Dezembro de 1981 (Foto cedida por Luís Miguel Correia)
A concentração dos transportes marítimos da SG na CNN deveu-se nomeadamente à política definida pelo então Ministro da Marinha Almirante Pereira Crespo, no sentido de reestruturar as grandes Companhias de Navegação nacionais em dois grupos, mais fortes e aptos a operar no mercado internacional, com o escopo de internacionalizar-se e expandir-se o sector.
A 03 de Janeiro de 1972, o “Cabo Verde” é registado pela CNN na Capitania do Porto de Lisboa (livro 18 / folha 129) e matriculado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa a 05 de Janeiro do mesmo ano com o n.º 1462, satisfazendo as seguintes convenções:
- Convenção internacional para a salvaguarda da vida humana (1960);
- Convenção internacional das linhas de carga (1966).
Na CNN, ao “Cabo Verde” foi atribuído a função de navio de comércio marítimo de longo curso e transporte de cargas, sendo utilizado para reforçar as ligações de Portugal com Cabo Verde e a Guiné-Bissau, passando a navegar como cargueiro e efectuando serviço regular nas carreiras entre:
- África Ocidental (Guiné-Bissau / Cabo Verde) e Europa (Portugal), mais tarde alargada ao Norte da Europa (Hamburgo - Alemanha, Antuérpia e Roterdão - Holanda);
O "Cabo Verde" em Hamburgo - Alemanha
O "Cabo Verde" em Roterdão - Holanda (Foto de Mike Griffiths)
O "Cabo Verde" em Hamburgo - Alemanha
O "Cabo Verde" em Roterdão - Holanda (Foto de Mike Griffiths)
- África Ocidental (Angola) e América do Norte (Canadá e New Orleans - EUA) a partir de 1983.
O "Cabo Verde" a navegar no Rio Mississippi / New Orleans em Outubro 1983 (foto de Marc Piché)
O "Cabo Verde" a navegar no Rio Mississippi / New Orleans em Outubro 1983 (foto de Marc Piché)
Por regra, na carreira da Guiné, transportava: contentores, vinho, carga geral solta, carga frigorífica e carga homogénea (leite em pó, doces, queijo, batatas, cereais, cimento, cigarros, aço, químicos, porcelana e brinquedos).
Realizou a sua última viagem comercial entre Bissau e Lisboa de 17 a 19 de Setembro de 1985, fundeando no Rio Tejo, fretado pela PORTLINE, sendo nesse período arrestado (apreensão judicial de bens) em Hamburgo - Alemanha, como meio conservatório de garantia patrimonial no âmbito do processo de liquidação da CNN.
AUMENTO AO EFECTIVO DA ARMADA:
Observando o disposto na Portaria n.º 952/85 de 23 de Dezembro do Ministério da Defesa Nacional, o navio com 23 anos foi aumentado ao efectivo dos navios da Marinha de Guerra Portuguesa, a contar desde 08 de Novembro de 1985 (data da celebração da escritura de compra e venda), como consequência do processo de extinção da CNN (Decreto-Lei n.º 138/85 de 3 de Maio).
A aquisição foi previamente realizada ao abrigo do Despacho Conjunto do Secretário de Estado e das Finanças e do Secretário da Marinha Mercante de 08 de Junho de 1985, à Comissão Liquidatária da frota da CNN por 50 mil contos (250.000 €) a 06 de Setembro de 1985 (pese embora tenha havido uma negociação directa entre a CNN e a Armada), sendo rebaptizado de “São Miguel”.
O "São Miguel" atracado na doca dias depois de aumentado ao efectivo da Armada
O "São Miguel" atracado na doca dias depois de aumentado ao efectivo da Armada
Aumentado ao efectivo no estado de desarmamento como Navio de Apoio Logístico na situação de “operacional com limitações” (fruto das suas muitas limitações, apesar do seu relativo bom estado de conservação geral e dos alojamentos para a guarnição), recebeu como endereço radiotelegráfico: CTEF, indicativo de chamada internacional: NAMIGUEL, código mecanográfico: 1X459 e número de amura: A 5208.
O "São Miguel" no Porto de Leixões, notar a ausência de nome e n.º de amura (Foto cedida por Francisco Cabral)
O "São Miguel" no Porto de Leixões, notar a ausência de nome e n.º de amura (Foto cedida por Francisco Cabral)
Passou ao estado de armamento normal em 12 de Fevereiro de 1986, tendo a sua lotação somente publicada em 20 de Janeiro de 1987 com uma guarnição composta por 37 elementos copiada dos moldes da Marinha Mercante (05 Oficiais, 08 Sargentos e 24 Praças), sendo destinado pela Armada para as seguintes tarefas no âmbito do Plano de Forças de Marinha:
• Transporte logístico de pessoal e material dos 3 ramos das FA’s e Forças de Segurança entre o Continente e as Regiões Autónomas;
• Participação em exercícios anfíbios de âmbito nacional, transportando material, viaturas pesadas e Forças de Fuzileiros;
• Lançamento ao mar de munições obsoletas e de resíduos industriais perigosos, de acordo com a decisão OSCOM 89/1 da Comissão de Oslo;
• Reforço do apoio às populações em situação de emergência.
O "São Miguel" a navegar no Rio Tejo a 13 de Março de 1986, ainda com as cores da CNN (Foto cedida por Luís Miguel Correia)
O "São Miguel" a navegar no Rio Tejo a 13 de Março de 1986, ainda com as cores da CNN (Foto cedida por Luís Miguel Correia)
A título de curiosidade, aquando da sua aquisição surgiu um «boato de caserna» no seio da Armada que originou algum “granel” e que chegou a ter certa reprodução pública, no qual se afirmava que o navio foi adquirido já com destino a sucata, sendo que na verdade essa era a situação do seu navio-gémeo "Cabo Bojador".
Não obstante, tal boato contribuiu para que o navio fosse durante os seus primeiros anos de serviço encarado como “mal-amado”, apelidado depreciativamente de "Ferrugem" ou "Cascão" e, rotulado de Navio-Mercante que sombreava o orgulho da Briosa, situação que se alterou muito graças aos esforços despendidos pelas suas 03 guarnições para o seu constante aprontamento e missões desempenhadas, conquistando mentes e corações, assim como ganhando o seu devido espaço para ombrear com os restantes navios da Briosa!
- Deslocamento:
Leve: 2.884 toneladas
Carregado: 8.422 toneladas
Porte bruto: 5.538 toneladas
- Dimensões:
108,2 x 15,6 x 7,53 metros (comprimento x largura x calado)
Calado vazio – 2,96 metros à vante e 6,25 metros à ré
- Propulsão:
01 Motor Diesel MAN K6Z 60/105C directamente reversível a 2 tempos, 6 cilindros em linha, turbo-sobrealimentado, com 4.050 BHP a 150 RPM;
01 Hélice LIPS de bronze cunial de 5,450 kgs, passo direito de 5 pás, com 4 metros de diâmetro e 6 toneladas;
0 1 Leme de 6 toneladas, com 4,7 x 2,8 metros (altura x largura)
- Caldeiras:
01 Caldeira superior recuperativa (gastubular / vertical) - 1000 Kg/h 7 Kg/cm³ [aproveita o calor residual dos gases de evacuação do motor principal];
01 Caldeira inferior independente (aquitubular) - 1200 Kg/h 7 Kg/cm³ [com sistema de queima próprio];
- Energia:
03 Geradores Diesel BERGEN RTGB3 de 270 BHP a 600 RPM / 225 KVA / 440 V;
- Velocidade máxima:
15 nós (nafta) Cabo Verde
14,7 nós (nafta) São Miguel
- Velocidade de cruzeiro:
14,5 nós (nafta) Cabo Verde
12,5 nós (nafta) São Miguel
- Autonomia:
15 dias Cabo Verde
21 dias São Miguel
- N.º de amura:
A 5208
- Endereço radiotelegráfico:
CTEF
- Indicativo de chamada internacional:
NAMIGUEL
- Código mecanográfico:
1X459
- Guarnição:
05 Oficiais;
08 Sargentos;
24 Praças
Total: 37
- Capacidade de carga:
3.700 toneladas
Porão n.º 1: 2.250 m³
Porão nº 2: 3.325 m³
Porão nº 3: 817 m³ com tampa de escotilha isotérmica
Porão nº 3: 817 m³ com tampa de escotilha isotérmica
06 Câmaras frigoríficas (-20º C a +6º C): 500 m³, 03 na coberta superior e 03 na coberta inferior do porão n.º 3
03 Câmaras frigoríficas de mantimentos (-18º C a +2º C), na coberta superior de Estibordo, para carne / peixe / vegetais
- Aparelhos de carga:
12 Guinchos de carga hidráulicos LEWIS STRAND [para manobra do próprio navio e manutenção de ferros e paus de carga];
06 Paus de carga hidráulicos /capacidade 03 toneladas (modelo 2A3);
06 Paus de carga hidráulicos / capacidade 05 toneladas (modelo A8);
01 Mastro de cesto com Pau Real / capacidade 25 toneladas [serve a escotilha n.º 2]
- Planos de estiva (para distribuição da carga):
As operações de estiva decorriam sob plano, orientação e responsabilidade do Imediato, assim como efectuar os cálculos de estabilidade, tendo como auxiliares directos para a faina o Oficia encarregado da estiva e o Mestre.
- Plano A (atendendo à capacidade de elevação do aparelho de carga do navio)
- Plano B (independentemente do aparelho de carga do navio)
- Plano C (para paletes e carga geral solta)
- Capacidade de tanques:
Combustível:
- Nafta (Intermediate 15) 275,7 toneladas
- Marine Diesel 88,1 toneladas
Óleo de Lubrificação – 47,5 toneladas
Água Doce - 186 toneladas
Lastro - 770 toneladas
Vinho (4 tanques) 260 m³
- Consumo diário a navegar:
Nafta 14,500 toneladas
Marine diesel 1,000 toneladas
Água doce 6,500 toneladas
Lubrificantes 150 kgs
- Aparelhos lança-cabos:
04 Espingarda lança-cabos SHERMULLY SPRA de 45mm;
04 Foguetões com 300 jardas de alcance
- Equipamento de salvação marítima:
- 01 Baleeira em fibra de vidro [n.º 1] a remos e vela (54 pessoas) a Estibordo, com 7,90 x 2,60 x 1,12
- 01 Baleeira em fibra de vidro [n.º 2] com motor a diesel SAAB a 4 tempos (51 pessoas) a Bombordo, com 7,90 x 2,60 x 1,12
- 02 Jangadas pneumáticas RFD 25MM Mk5 (25 pessoas), colocadas nas asas da Ponte
- 01 Bóia-calção (aparelho de vai-e-vem)
- 36 Coletes de salvação individuais de enchimento automático
- 08 Bóias de salvação circulares de material flutuante:
02 nas asas da Ponte;
02 junto às baleeiras com aparelho de sinais luminosos e facho fumígeno;
02 no pavimento das baleeiras com aparelho de sinais luminosos, junto das escadas que dão para ré;
02 simples a ré, uma de cada bordo, junto às portas de acesso aos alojamentos da guarnição
- Equipamento de combate a incêndios:
- Detector de fumos automático com alarmes sonoros e visuais KIDDE RICH
- Bomba de incêndio (2 principais / 1 emergência)
- 12 Extintores de soda-ácido
- 18 Extintores de pó químico
- 27 Bocas de incêndio
- 12 Mangueiras de lona revestidas interiormente de borracha (15 metros cumprimento por 52mm de diâmetro nominal)
- Pulverizadores de água salgada
- Sistema fixo de CO² para combate a incêndio nos porões e casa da máquina (composto por uma bateria de 37 garrafas de CO²)
- Equipamento de radar, navegação e comunicações:
- Radar KH 1600
- Radar KH 18/12 (substituído) por Radar ONDEX JRC-JMA 3525
- Receptor Satélite SATNAV SHIPMATE 5000 DS
- Receptor Satélite Raytheon GPS Navigator Raystar 920
- Receptor Sait Navtex 2 - XH5123
- Receptor Facsimile Furuno DFAX
- Sonda ELAC LAZ 12 13T3
- Loran C
- Gónio Hagenuk
- Girobússola ANSCHUTZ K8052
- Girobússola SPERRY Mk27
- Radiogoniómetro Ondex Tayo TP - C338HS
- Odometro Chernikeef
- Anemometro Thies
- UHF JHV - 212/JRC
- VHF SAIT RT 2048
- Intercomunicador Manobras Electrofon Marine MYF 821 - 10
- Telefones de indução SIEMENS
- 2182 KH13 Watch Receiver Vigilant Sistem
- Apitos automáticos Tyfon/Kockums Signal Automatic Sistem
- Consola de Comunicações JRC NSD - 50 (TX)/NRO - 72 (RX)
- Oito Transreceptores VHF (DP 15's)
- TX/RX Life Boat da Marinetta
- Piloto Automático ANSCHUTZ
- 01 Lanterna ALDIS
- Equipamento diverso:
- 04 Ferros BYERS stochless, 02 à proa, 01 à popa e 01 sobressalente estirado no castelo de proa
- Consola de comunicações JRC (MF / VHF / HF)
- 02 Empilhadores CONVEYANCER
- Alojamentos:
16 Camarotes simples
12 Camarotes duplos
(total 40 elementos)
- Armamento:
02 Pistola de sinalização SHERMULLY SPRA de 38mm;
03 Pistola WALTHER P38 de 9mm;
04 Pistola-metralhadora FBP de 9mm,
20 Espingardas automáticas HK-G3 A2 de 7,62mm
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ESTATÍSTICAS ARTIGO SUBMARINOS CLASSE TRIDENTE!
Não tenho por hábito monitorizar as estatísticas do blogue, no entanto cativou-me a atenção o facto do artigo sobre os Submarinos da classe "Tridente", só relativo aos últimos 03 meses possuir um número anormal de visitas de um determinado país...
Curiosamente, o nosso Submarino NRP "Tridente" participou recentemente no exercício da NATO: "BALTOPS 16" realizado em águas do Mar Báltico, onde mais uma vez, como é apanágio dos nossos 02 submarinos, fez um verdadeiro brilharete!
Meras coincidências?...
Artigo sobre SUBMARINOS DA CLASSE "TRIDENTE":
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NAVIO DE APOIO LOGÍSTICO “SÃO MIGUEL” / 2.ª PARTE
A 1.ª GUARNIÇÃO DO NAVIO
1985
PRIMEIROS DIAS A BORDO:
A guarnição do navio nos seus primeiros dias era somente constituída por 09 militares: Comandante (CFR), Imediato (Cten), Engenheiro EMQ (1.º Ten), Mestre (2.º SARG), 02 Sargentos e 01 Praça de máquinas e 02 Praças de manobra, padecendo da falta de energia, água e defensas que prejudicavam as condições de vida a bordo, sendo de salientar que o 1.º Ten EMQ fez parte das três guarnições do navio.
A 11 de Novembro de 1985 decorre a apresentação da guarnição ao Cte. e, a 13 do mesmo mês é iniciada a descarbonização do gerador que se encontrava inoperacional. A 23 de Janeiro de 1986 é pintado o nome do navio e a 17 de Fevereiro o Cte. toma Posse do Comando do navio na tolda.
Com o escopo de colmatar os problemas o Comandante todos os dias deslocava-se até Unidades, Departamentos e Serviços, procurando obter apoio para a recuperação do navio, alcançando reduzidos empréstimos junto de camaradas, a título particular ou mesmo de modo clandestino.
De salientar a título de curiosidade, que com o desiderato de encontrar uma solução para o problema da falta de defensas, o Mestre após solicitação do Comandante para resolução do dilema, adquiriu por sua iniciativa e custo (100$ Escudos) um enorme pneu de camião numa Bomba de Gasolina, que muito contribuiu para a moral da pequena guarnição, juntamente com recepção de energia de terra.
Entretanto melhorou-se o aparelho dos paus de carga e os circuitos hidráulicos, conseguindo-se que os paus aceitassem alguma carga mas sem confiança devido aos derrames do óleo e à degradação do material.
Mais tarde, foram trazidas para bordo pelo Comandante, Mestre e 02 Marinheiros duas grandes defensas constituídas por um tronco ferrado com dois pneus e amarretas de suspensão, recuperadas de um monte de material diverso e abandonado no cais, substituindo a defensa do Mestre que entretanto foi guardada no Porão (n.º 3) do Comandante.
PRIMEIRA SAÍDA EXPERIMENTAL:
A 12 de Março de 1986 decorre o 1º almoço a bordo (caldo verde e bacalhau cozido), a meio da tarde do dia seguinte, ainda com as cores da CNN (à excepção da chaminé), zarpou para a sua 1.º saída experimental no Mar, navegando para Sul a caminho do Porto de Portimão.
De realçar que:
De realçar que:
- No dia anterior teve um problema com a máquina em frente à Torre de Belém, optando por fundear no Dafundo, onde recebeu peças do Arsenal do Alfeite para proceder à recuperação do material avariado;
- A guarnição (28 militares) ainda não tinha efectuado nenhum treino de carga, exercícios, nem tinha formação de estiva e transporte;
- O Oficial (CFR) destacado para exercer o Comando do navio não estava habilitado com o Curso de Comandante do CITAN;
- Em termos de autonomia estava abastecido para 08 dias (diesel / nafta / água doce / alimentos), o remanescente (luvas de cabedal, capotes, tintas, papel higiénico, tintas, lanternas, binóculos, defensas, etc) foi cedido a título de empréstimo por camaradas de Corvetas, Fragatas e unidades terrestres a pedido do Comandante, Oficiais e Sargentos do “São Miguel”, em virtude da anterior tripulação civil do “Cabo Verde” ter removido tudo, tendo inclusivo desmantelado o quadro de manobra da máquina e retirado os manuais do navio, deixando somente alguns manuscritos em sueco, sem esquemas ou figuras;
- Na noite do dia 13 de Março de 1986, quando navegava na Latitude de Sines teve uma avaria no gerador ficando sem energia, existindo uma única lanterna a bordo, guardada na Ponte de Comando;
- Somente tinha a chaminé do navio pintada com a cor cinzenta da Armada (devido a não haver tinta para mais), contrastando com as restantes cores do navio utilizadas pela antiga CNN, ficando só mais tarde completamente pintado com as cores da Armada na Ilha de São Vicente - Cabo Verde, onde se procedeu à pintura de parte dos paus de carga e Pau Real;
O "São Miguel" ainda com os paus de carga e pau real pintados com as cores da CNN (Foto cedida pelo SIRP do GABCEMA)
- Somente tinha a chaminé do navio pintada com a cor cinzenta da Armada (devido a não haver tinta para mais), contrastando com as restantes cores do navio utilizadas pela antiga CNN, ficando só mais tarde completamente pintado com as cores da Armada na Ilha de São Vicente - Cabo Verde, onde se procedeu à pintura de parte dos paus de carga e Pau Real;

- Atracou no Porto de Portimão no dia 19 de Março de 1986, sem auxílio de rebocador, rodando no Rio Arade frente ao cais, tendo-se registado na leitura do tubo da sonda esta “veio molhada” com água doce, devido à parte superior do tanque da aguada estar enfraquecida e ter furado.
Durante esta 1.º saída experimental, o navio atracou no cais do PANTROIA no dia 13 de Março e, no dia seguinte facultou boleia até Lagos - Algarve a um 1Ten FZ da Reserva Naval que frequentava o último ano do 5.º COF a decorrer na Escola Naval, que se encontrava de momento destacado no PANTROIA como Observador num exercício do então BRD - Batalhão Reforçado de Desembarque.
Chegado a destino, fundeou ao largo de Lagos e no âmbito do espírito do "botão de âncora" e dos necessários testes a efectuar ao material a bordo, a baleeira motorizada foi arriada para transportar o Oficial Subalterno FZ uniformizado a rigor (Boina azul-ferrete dos FZ's, fato de camuflado, bota de combate e mochila militar às costas) até ao cais da cidade por forma a reunir-se à sua família que se encontrava de férias na localidade.
No que concerne a combustíveis, o navio tinha capacidade para 347,7 toneladas, utilizando nafta para navegação corrida e sem alterações sensíveis de velocidade, atingindo 14,5 nós de velocidade máxima e 12 nós em velocidade de cruzeiro; utilizando diesel podia alterar a velocidade e fazer manobras diversas, atingindo 12 nós de velocidade máxima e 11 nós em velocidade de cruzeiro.
1986
Em Abril de 1986, atracou pela 1.ª vez no Porto de Leixões (Doca n.º 1), ainda durante o mesmo ano efectuou diversas missões de transporte.
Em Maio participa no "Dia da Marinha" na Madeira transportando diverso material da Marinha e do Exército Português:
- Equipamento de comunicações, viaturas militares [viaturas ligeiras todo-o-terreno, viaturas blindadas e obuses de artilharia], material de guerra;
Jipe todo-o-terreno do Exército Português (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Viatura blindada de transporte de tropas M-113 do Exército Português (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Entre 21 e 28 de Julho de 1986, participou no Exercício “ALBATROZ 86” na Costa Alentejana, integrado numa Task-Force sob comando do Navio-Reabastecedor A5206 “S. Gabriel”, transportando Fuzileiros que efectuaram um desembarque na Praia do Pinheiro da Cruz e, contribuiu para a avaliação da capacidade dos meios logísticos de apoio a execução de exercícios / operações anfíbias.
Fuzileiros a efectuar exercícios físicos a bordo do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Fase de carregamento de carne de porco a bordo dos porões do "São Miguel" (1.ª Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa, 2.ª foto por Cte. Brito Subtil)
Em Maio participa no "Dia da Marinha" na Madeira transportando diverso material da Marinha e do Exército Português:
- Equipamento de comunicações, viaturas militares [viaturas ligeiras todo-o-terreno, viaturas blindadas e obuses de artilharia], material de guerra;
Jipe todo-o-terreno do Exército Português (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Obus de artilharia "Oto Melara" de 105mm do Exército Português (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
- Material do Instituto de Socorros a Náufragos, da Cruz Vermelha Portuguesa e da UCCLA;
- Produtos alimentares, carga congelada, material diverso de apoio às populações;
- Um cavalo de um Major de Cavalaria do Exército Português de Lisboa para o Funchal, num contentor de madeira em Maio de 1986;
- Uma viatura pesada com contentor itinerante de divulgação da Marinha.
- Uma viatura pesada com contentor itinerante de divulgação da Marinha.
Viatura pesada com contentor itinerante a ser preparada para ser carregada a bordo do navio (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Entre 16 e 28 de Junho de 1986, realiza a sua primeira Missão Logística à Ilha da Madeira apoiando Forças Armadas.
Destaque para 02 lançamentos ao mar de munições obsoletas em Julho de 1986, uma das tarefas para o qual o navio foi destacado pela Armada após aumento ao efectivo, atendendo ao Plano de Forças da Marinha.
Na 1.ª vez, entre os dias 11 e 13 de Julho de 1986, após ter carregado no Cais do Portinho da Costa 966 toneladas de munições:
- 100 toneladas oriundas da Armada, sendo que 12 toneladas eram material diverso;
- 866 toneladas provenientes da Região Militar de Lisboa (Quartel de Beirolas do Exército Português) compreendendo munições inertes de 75mm de Carros de Combate, granadas de mão, espoletas, munições contendo fósforo e torpedos bengalórios;
- No lote de munições do Exército Português, estavam também incluídas munições da PSP, GNR, Guarda Fiscal e INDEP;
- O lote do Exército Português foi transportado em comboios de camiões Mercedes e DAF, sendo sempre escoltados durante todo o trajecto, com trânsito condicionado, atravessando a Ponte 25 de Abril entre as 02 e 04 horas da manhã; posteriormente enquanto aguardavam a sua vez de descarregar, estacionados na berma da estrada de acesso ao Cais do Portinho da Costa, eram regularmente regados por viaturas auto-tanques do Exército Português, com o desiderato de evitar explosões por aquecimento térmico;
Camiões do Exército aguardar ordem para entrar no Cais do Portinho da Costa (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
- Durante toda a missão, a guarnição do navio teve ajuda para a faina do lançamento ao mar de 12 Soldados e dum Aspirante como Oficial de ligação do Exército Português;
Militares do Exército Português apoiar na estiva das munições obsoletas (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
- Na fase propriamente de lançamento ao mar das munições, executada de forma manual, verificou-se a ocorrência de alguns rebentamentos submarinos;
Lançamento manual ao mar de munições obsoletas (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
- Na fase propriamente de lançamento ao mar das munições, executada de forma manual, verificou-se a ocorrência de alguns rebentamentos submarinos;
Lançamento manual ao mar de munições obsoletas (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
- Apesar de uma Corveta ter sido destacada pelo Comando Naval do Continente para escoltar e prestar apoio ao “São Miguel”, durante o período de lançamento das munições ao mar, nunca chegou a desamarrar do Porto de Leixões, tendo sido notória a sua falta por razões de segurança, atendendo à presença na área de navios de pesca (arrastões) japoneses e de um navio fábrica russo;
- Finda a missão o Comando do Quartel de Beirolas do Exército Português ofereceu ao navio 02 morteiros de 81 mm, colocados na Câmara de Oficiais.
Na 2.ª vez, efectuou o lançamento ao mar de cerca de 700 toneladas munições obsoletas.
Lançamento ao mar com recurso a pau de carga de munições obsoletas (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Entre 21 e 28 de Julho de 1986, participou no Exercício “ALBATROZ 86” na Costa Alentejana, integrado numa Task-Force sob comando do Navio-Reabastecedor A5206 “S. Gabriel”, transportando Fuzileiros que efectuaram um desembarque na Praia do Pinheiro da Cruz e, contribuiu para a avaliação da capacidade dos meios logísticos de apoio a execução de exercícios / operações anfíbias.
Fuzileiros a efectuar exercícios físicos a bordo do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
1987
De 27 de Março a Junho de 1987, o navio esteve pela primeira vez em docagem e fabricos na Setenave - Setúbal e, em Agosto do mesmo ano é editado a pagela de apresentação do navio pelo EMA para oferecer aos visitantes a bordo.
O Brasão de Armas do "São Miguel" (Imagem cedida por Cte. Brito Subtil)
O Brasão de Armas do "São Miguel" (Imagem cedida por Cte. Brito Subtil)
A 09 de Junho de 1987 apresenta-se ao serviço o Oficial Subalterno 2Ten Médico Naval, no mesmo mês apresenta-se também o Oficial Subalterno da Administração Naval (Chefe do Serviço de Abastecimento). É de realçar que 2Ten Médico Naval, além de assegurar o Serviço de Saúde a bordo, contribuiu com os seus conhecimentos de electrotécnia e de informática, orientando a instalação do sistema de vídeo (cedido pela Corveta “Jacinto Cândido”) e TV (03 televisões a preto e branco, retiradas das Corvetas) instaladas respectivamente na Câmara dos Oficiais, Câmara dos Sargentos e Refeitório das Praças.
Previamente à partida para a missão de Ajuda Humanitária a Moçambique elaborou no seu computador (ZX SPECTRUM) um programa de estabilidade, com dados facultados pelo Comandante, Imediato, Engenheiro e responsáveis por espaços do navio, sendo de salientar que finda a missão o programa foi cedido ao Comando Naval do Continente, tendo sido melhorado e aplicado às Corvetas.
Aquando da já citada missão a Moçambique realizou também um filme, onde constam registados os momentos mais gratificantes para a guarnição, tendo sido facultada uma cópia ao Estado-Maior da Armada.
MISSÃO DE AJUDA HUMANITÁRIA A MOÇAMBIQUE:
Entre 31 de Agosto e 20 de Dezembro de 1987, realizar uma missão de Ajuda Humanitária a Moçambique, com a duração de 111 dias, 1.900 horas de navegação e percorrendo 22 mil milhas, transportando 3.500 toneladas de alimentos, roupa, medicamentos, material escolar, livros, material hospitalar e sementes seleccionadas oferecido pelo Governo Português, Câmara Municipal de Lisboa e Ordem Soberana de Malta.
Fase de carregamento de sacos a granel de leite em pó a bordo dos porões do "São Miguel" (1.ª Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa, 2.ª foto por Cte. Brito Subtil)
O material começou a ser transportado da Doca da Marinha para o navio a 14 de Agosto, por pessoal do Exército Português sob orientação do então Imediato, tendo a particularidade de o transporte do material até ao cais e da sua estiva a bordo foi braçal.
O navio zarpou desconhecendo os locais onde a mesma iria ser descarregada, em virtude do plano de descarga só ser decidido aquando da chegada a Maputo, após o governo moçambicano conhecer o conteúdo da oferta e porque além dos Portos de Maputo, Beira e Nacala também incluiria alguns núcleos populacionais ao longo da costa ainda não referenciados.
Nesta viagem escalou respectivamente o Porto de Lisboa e a 12 de Setembro o Porto MOTBAY (Military Ocean Terminal Bayonne Newark) de New Jersey - EUA, para carregar os porões; realizou escalas técnicas em Horta - Açores, Fortaleza - Brasil e Cape Town e Durban - África do Sul, seguindo aposteriori directamente para Moçambique.
Foto registada por aeronave da Força Aérea da África do Sul (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
A título de curiosidade, aquando da escala do Porto MOTBAY, a 05 milhas antes de «entrar na rotunda» de “Ambrose Light” o navio contactou via rádio com a Unidade Naval da Guarda Costeira Norte-americana destacada para dar as boas-vindas e escoltar até ao local de atracação, a determinado momento solicitaram que o “S. Miguel” ligasse as luzes do navio dado não o identificarem.
A situação ocorreu devido ao facto do navio não apresentar a silhueta tradicional de um navio de guerra e, ainda manter pintada a faixa vermelha fosforescente sobre as janelas da ponte a toda a sua largura (esta sinalética é obrigatória somente nos navios da navegação mercante que navegue nos EUA), faixa que só foi retirada aquando da Docagem e Revisão Intermédia, na doca de Rocha de Conde d’ Óbidos, entre finais de 1988 e 26 de Junho de 1989.
A 27 de Setembro de 1987, decorre a tradição da Briosa “Festa dos Reis dos Mares” com o respectivo julgamento durante a passagem da linha.
Atraca em Moçambique a 28 de Outubro, sendo o 1.º Navio de Guerra da Armada a fazê-lo depois da independência, onde procedeu à descarga em vários locais da costa, utilizando nos que apresentavam mais difícil acesso, 04 lanchas anfíbias LARC-5 guarnecidas por 05 Fuzileiros da UAMA, que transportava a bordo.
"Foto de família" da guarnição do navio com a equipa de 05 Fuzileiros para a missão a Moçambique (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Festa dos Reis dos Mares (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Atraca em Moçambique a 28 de Outubro, sendo o 1.º Navio de Guerra da Armada a fazê-lo depois da independência, onde procedeu à descarga em vários locais da costa, utilizando nos que apresentavam mais difícil acesso, 04 lanchas anfíbias LARC-5 guarnecidas por 05 Fuzileiros da UAMA, que transportava a bordo.
"Foto de família" da guarnição do navio com a equipa de 05 Fuzileiros para a missão a Moçambique (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
De salientar que as LARC-5 chegaram à Doca da Marinha navegando pelos próprios meios, sendo içados para bordo mediante os paus de carga, sendo colocados no convés a vante da meia-nau do navio, mais tarde após reunião com o Imediato e com o Engenheiro foi decidido que no Porto da cidade da Horta procederia à mudança das viaturas para o porão, onde também se verificou o lastro do tanque 3C e atestou-se com 70 toneladas de gasóleo o navio.
Em Moçambique as LARC-5 foram carregadas e arriadas no mar junto à costa, próximo do local indicado pelo Governo Moçambicano, procedendo à entrega do material e permitindo a distribuição directamente às populações que devido a guerra refugiaram-se ao longo da costa, em locais que lhe proporcionavam segurança, algum bem-estar e subsistência, mas isolados e sem acessos rodoviários.
Durante a estadia do navio em Moçambique, a guarnição teve a oportunidade de visitar alguns locais em Maputo e, o Serviço de Saúde prestou assistência médica e medicamentosa a elementos civis e militares moçambicanos, mas de forma discreta atendendo que não fazia parte dos planos da missão, ao ponto de ter esgotado o material clínico disponível em menos de 03 semanas, dado que as consultas ocorriam de manhã até à noite.
Na viagem de regresso a Portugal, atracou em Ana Chaves - São Tomé e Príncipe, descarregando cimento e material escolar, facultado pela Câmara Municipal de Lisboa, ao abrigo de acordos de cooperação estabelecidos na União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas, fazendo de seguida uma escala técnica em S. Vicente - Cabo Verde.
Fundeado e amarrado de popa a 100 metros da costa de S. Tomé e Príncipe (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
Fundeado e amarrado de popa a 100 metros da costa de S. Tomé e Príncipe (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
1988
PROJECTO DE TRANSFORMAÇÃO DO NAVIO:
Em 1988, o Gabinete de Estudos da Direcção-Geral do Material Naval efectuou um projecto que previa o procedimento de fabricos e transformações no navio, a realizar no Arsenal do Alfeite, com o desiderato de dotá-lo também com as seguintes capacidade de transporte logístico:
- Alojamento extra para 120 pessoas / ou uma Força de Fuzileiros de escalão Companhia;
- Transporte de um núcleo de Estado-Maior para operações navais e/ou anfíbias;
- Convés de voo à popa para 01 helicóptero ligeiro;
- Centro clínico com sala de operações.
- Centro clínico com sala de operações.
Não obstante, o custo destes trabalhos e a idade do navio determinaram o abandono do projecto e, face à sua curta expectativa de vida operacional, voltou a realizar transportes logísticos no designado «Triângulo Estratégico» de Portugal Continental para os Açores e a Madeira.
Curiosamente, tal projecto não previa a reformulação do sistema de cargas e descargas, nem do sistema de abertura e fecho de três porões, ambos obsoletos.
Entre os dias 08 e 26 de Março de 1988, realizou uma Missão de Apoio Logístico a Unidades militares Forças Armadas sediadas na Madeira e Açores, transportando carga, viaturas e pessoal, escalando Funchal, Horta, Praia da Vitória e Ponta Delgada.
O "São Miguel" atracado no Porto do Funchal - Madeira (Foto cedida por Cte. Oliveira e Costa)
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CONVERSAS INFORMAIS
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ARTE MILITAR NAVAL - 08
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MERGULHADORES DA ARMADA NA GUERRA COLONIAL: TO DE ANGOLA
No Teatro de Operações de Angola, os Mergulhadores da Armada estiveram destacados como parte integrante da lotação de pessoal do Comando Naval de Angola, cujos Serviços Gerais disponham de Mergulhadores-Sapadores destacados para o Comando em 1970 e, que foram rendidos individualmente após perfazer em média 04 anos de Comissão de Serviço em virtude de prestar serviço no Comando Naval.
Esta Unidade de Mergulhadores-Sapadores foi sempre a nível de Secção, sendo constituída por: 01 Sargento US e 02 Praças US, mais tarde atendo a requisitos operacionais a Unidade recebeu o reforço de mais uma Praça US.
Mergulhador da Armada em treinos ao largo de Luanda (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
Mergulhador da Armada em treinos ao largo de Luanda (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
No entanto, é de referir que já anteriormente alguns navios da Marinha Portuguesa destacados em Comissão de Serviço em Angola, tinham incorporados nas suas guarnições Praças especializados em Mergulhadores-Vigias, a título de exemplo:
- Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" da classe "Príncipe" em 1962/1963;
- Navio-Patrulha P585 "NRP São Tomé" da classe "Príncipe" em 1967;
- Navio-Patrulha P584 "NRP Sal" da classe "Príncipe" em 1967.
Entre Julho de 1962 e Setembro de 1963, o Navio-Patrulha "NRP Madeira" recebe na sua guarnição duas Praças especializados em Mergulhadores-Vigias incluídos na lotação de outras classes, por este motivo antes de partir para uma comissão de serviço em Angola, foi-lhe montado a bordo um sistema com garrafas de ar comprimido que mediante um filtro adequado permitia o recarregamento das garrafas do equipamento de mergulho, dando maior autonomia ao emprego dos seus Mergulhadores-Vigias fora do porto de Luanda, onde eram recarregadas na empresa comercial "Angases".
Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
No início de Dezembro de 1962, os Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha "NRP Madeira" realizaram por três vezes uma inspecção às obras-vivas do Navio-mercante de passageiros "Niassa" da CNN, durante a sua estadia no Porto Comercial de Luanda em operações de carregamento de material de guerra, por recurso a busca de querena, com o escopo de detectar potenciais minas-lapa colocados por supostos mergulhadores dos movimentos de guerrilha angolana.
A 01 de Junho de 1963, os Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha "NRP Madeira" participam nas buscas de dois ocupantes de um jeep que caiu ao Rio Quanza, perto da localidade de Dondo em colaboração com elementos da Companhia de Fuzileiros n.º 1. Por vezes eram solicitados para recuperar material militar que se perdia em cursos de água.
Mergulhador-Vigia recupera uma espingarda automática HK G3 A4 de 7,62mm (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Em 1967, uma Praça Mergulhador-Vigia da guarnição do Navio-Patrulha "NRP São Tomé" efectuou a avaliação das condições do casco de uma embarcação afundada junto ao extremo Norte do cais das INIC (Instalações Navais da Ilha do Cabo) - Luanda e, a possibilidade da sua destruição parcial por recurso a cargas explosivas ou corte de chapa, dado constituir um perigo a outros navios.
Em 1967, uma Praça Mergulhador-Vigia da guarnição do Navio-Patrulha "NRP São Tomé" efectuou a avaliação das condições do casco de uma embarcação afundada junto ao extremo Norte do cais das INIC (Instalações Navais da Ilha do Cabo) - Luanda e, a possibilidade da sua destruição parcial por recurso a cargas explosivas ou corte de chapa, dado constituir um perigo a outros navios.
Entre os dias 09 e 12 de Março de 1967, os Praças Mergulhadores-Vigias dos Navios-Patrulha "NRP São Tomé" e NRP "Sal", procederam à recuperação de uma camioneta de passageiros que caiu da ponte sobre o Rio Luquiche-Zadi, ficando totalmente submersa e em local com corrente muito forte.
Após reconhecimento e estabelecimento do plano de acção, a camioneta foi retirada para fora de água, com a colaboração do Batalhão de Artilharia 1853 destacado em Damba, após os Mergulhadores-Vigias terem conseguido passar um cabo de aço preso a duas das suas GMC's e máquinas de construção civil que estavam a arranjar o campo de aviação da localidade.
Fases da operação de recuperação da camioneta com Mergulhador-Vigia (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Terminada a operação, foi redigido um relatório pelo então Cte. da LDG 102 "NRP Ariete" da classe "Alfange" que, coordenou toda a operação (por ter sido instrutor do CIMCM) e entregou ao Comando Naval de Angola, onde advogava a vantagem do CNA dispor de uma Secção de Mergulhadores-Sapadores, atendendo ao cada vez maior número de missões para Mergulhadores.
Fases da operação de recuperação da camioneta com Mergulhador-Vigia (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Terminada a operação, foi redigido um relatório pelo então Cte. da LDG 102 "NRP Ariete" da classe "Alfange" que, coordenou toda a operação (por ter sido instrutor do CIMCM) e entregou ao Comando Naval de Angola, onde advogava a vantagem do CNA dispor de uma Secção de Mergulhadores-Sapadores, atendendo ao cada vez maior número de missões para Mergulhadores.
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LEITURAS À VISTA - 08
Retomando a resenha “LEITURA À VISTA”, no seu caso a 8.ª, recomendo o livro: "Duas Naus, um Cruzador ... e duas Fragatas", edição da Revista de Marinha.
Como o próprio nome indica, é um livro que versa sobre o nome do Navegador Vasco da Gama nos navios da Marinha de Guerra Portuguesa ao longo dos tempos:
- O capítulo correspondente às duas Naus e ao Cruzador couraçado, trata-se de uma reedição do livro de Maurício de Oliveira;
- O capítulo relativo à primeira Fragata (F478) da classe britânica "BAY" que serviu durante o guerra colonial (1961 a 1971) ficou a cargo do Valm. Ferreira Barbosa;
- Por último sobre a Fragata que actual ostenta o nome (F330), da designada classe "Meko 200" que já possui 25 anos de serviço, contou com a contribuição de todos os Oficiais que exerceram o seu Comando e do seu actual Cte.
A coordenação da obra e projecto editorial foi responsabilidade do Cte. Themes de Oliveira, dispõe ainda de uma nota biográfica do autor inicial da obra Mauricio de Oliveira elaborada por Luís Miguel Correia.
"A aquisição pelo Governo Português das três fragatas tipo MEKO 200 da classe VASCO DA GAMA, construídas na Alemanha e entregues no decurso do ano de 1991, trouxe significativas e acrescidas capacidades à Marinha de Guerra. Eram três excelentes navios, bem armados e equipados, ao nível das melhores unidades do seu tipo então existentes nas Marinhas Aliadas da NATO.
Estas unidades foram responsáveis pela introdução entre nós dos mísseis HARPOON e SEA SPARROW, dos decoys SRBOC e do sistema anti-míssil (CIWS) PHALANX, do helicóptero orgânico, de um sistema de combate computorizado, da transmissão de dados operacionais por link 11, de modernos equipamentos de comunicações e de um SICC (fornecido pela firma portuguesa EID), das turbinas a gás e de novos sistemas de limitação de avarias.
Mas não só... com efeito, trouxeram também, a par de novos desafios e de uma enorme motivação, a capacidade de comando de uma força naval, a organização interna por departamentos, introduziram diferentes rotinas e horários na vida de bordo, assim como novos conceitos tacticos, um maior rigor no treino, na avaliação e certificação de procedimentos, e provocaram alterações até na alimentação.
Foi um programa demorado, que teve lugar nas décadas de oitenta e noventa do século passado e que culminou, no ano de 1991, com a entrega da primeira fragata, o N.R.P. VASCO DA GAMA (F-330) em 18 de Janeiro, nos estaleiros Blohm & Voss, em Hamburgo, e das fragatas N.R.P.’s ALVARES CABRAL (F-331) e CORTE REAL (F-332), respectivamente, a segunda, em 24 de Maio e a terceira, em 22 de Novembro do mesmo ano, nos estaleiros HDW, em Kiel.
No global, podemos considerar que este programa decorreu de forma muito positiva e que a Marinha integrou muito rapidamente as suas novas unidades. Na realidade, os novos conceitos, qual “revolução silenciosa”, em pouco tempo se estenderam a todos os navios da Esquadra, às Escolas Técnicas e à Escola Naval, às Direcções Técnicas e aos Serviços de Apoio, tendo sido abandonados os resquícios da “Marinha do Ultramar” do passado.
A Marinha de Guerra Portuguesa tornou-se numa organização moderna, dos nossos dias, tecnologicamente evoluída, eficiente e eficaz. Os bons resultados consistentemente obtidos pelos navios da classe VASCO DA GAMA na frequência do Operational Sea Training, primeiro em Portland e depois em Plymouth, no Reino Unido, foram a consequência; de assinalar mesmo, em 2004, a classificação de GOOD atingida pela CORTE REAL, a melhor classificação atribuída nesse ano por aquele centro de treino inglês, o que então encheu de orgulho a Marinha Portuguesa, mas que terá passado praticamente despercebido do grande público.
Uma declaração de interesses: pertenci, eu próprio, em 1988/1990 ao grupo de trabalho constituido pelos futuros Comandantes e Imediatos daqueles navios, que prepararam toda a normativa de bordo, e posteriormente assumi as funções de Comandante do N.R.P. CORTE REAL, desde a sua entrega até 9 de Junho de 1994.
O tempo passa depressa! Na verdade, foi já há vinte e cinco anos que ocorreu a entrada ao serviço dos navios da classe VASCO DA GAMA, efeméride que se comemora com diversas iniciativas ao longo do ano de 2016.
A ENN – Editora Náutica Nacional, Lda, não podia por isso deixar de se associar com todo o gosto, a estas comemorações, com a edição de uma obra, da responsabilidade da nossa chancela “Edições Revista de Marinha”. Trata-se da reedição do livro de Maurício de Oliveira, “Duas Naus e um Cruzador ...”, relativo aos navios que outrora tiveram o nome de VASCO DA GAMA. Com a coordenação do Cte. Orlando Themes de Oliveira, acrescentou-se uma nota biográfica do autor (Mauricio de Oliveira), elaborada por Luís Miguel Correia, bem como dois novos capítulos, relativos às fragatas que posteriormente tiveram o mesmo nome.
O capitulo relativo à Fragata VASCO DA GAMA (1961 / 1971 - F - 478) , de origem inglesa – a ex-MOUNTS BAY, da classe BAY, foi redigido pelo V/Alm. João Nuno Ferreira Barbosa. O capítulo relativo à unidade que hoje ostenta aquele honroso nome foi elaborado pelo Cte. Themes de Oliveira com base nos contributos dos sucessivos Comandantes daquela unidade. Ligamos assim o passado com o presente, numa simbiose que nos parece muito feliz e que esperamos possa também agradar aos nossos leitores. Esta edição comemorativa terá como titulo “Duas Naus, um Cruzador ... e duas Fragatas”."
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LEITURAS À VISTA - 09
Continuando com a resenha “LEITURA À VISTA”, para a 9.ª edição, recomendo o livro: "Kinda e outras histórias de uma guerra esquecida", da Editora Caminhos Romanos.
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Telefone 911 984 862
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NAVIO DE APOIO LOGÍSTICO “SÃO MIGUEL” / 3.ª PARTE
A 2.ª GUARNIÇÃO DO NAVIO
1988:
A 04 de Abril de 1988, realiza-se a bordo do navio, atracado na Doca da Marinha, a Rendição de Comando presidida pelo então Vice-Almirante Comandante Naval do Continente.
Rendição de Comando do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
Rendição de Comando do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
Tal como muitas Unidades Navais o navio possuía uma mascote, no caso um cão arraçado de “Setter irlandês” e de nome “Tridente” que, com menos de 04 meses destacou para o navio com a sua 2.ª guarnição, levado pelo seu Comandante e recebendo o posto de “Grumete honorário”.
O "Tridente" na Ponte de Comando e em exercício de Postos de Abandono do navio (Fotos cedidas por Cte. Brito Subtil).
O "Tridente" na Ponte de Comando e em exercício de Postos de Abandono do navio (Fotos cedidas por Cte. Brito Subtil).
De salientar que a Reserva Naval também contribuiu com Oficiais do Curso de Formação de Oficiais Reserva Naval, para a 2.ª e 3.ª guarnição do navio, destacando Oficiais Subalternos (Aspirantes) da classe de Marinha, respectivamente do 59.º CFORN de 1988 (2.ª guarnição) e do 64.º CFORN de 1990 (3.ª guarnição).
A 30 de Junho de 1988, transportou 140 jovens e as suas 110 embarcações entre Funchal e Porto Santo, durante as regatas comemorativas do Dia da Marinha realizadas em Porto Santo.
O "São Miguel" com os 140 jovens e 110 embarcações a bordo (Foto cedida por Luís Miguel Correia).
O "São Miguel" com os 140 jovens e 110 embarcações a bordo (Foto cedida por Luís Miguel Correia).
Durante os dias 02 e 14 de Junho de 1988, participou no Exercício nacional “ALBATROZ 88”, efectuando um trânsito para a Madeira juntamente com a Força Naval e uma Operação Anfíbia na Ilha de Porto Santo, com participação de Fuzileiros com os seus LARC’s embarcados e de meios aéreos da FAP.
Entre 25 de Junho e 06 de Julho de 1988, executou uma missão logística à Madeira, por forma apoiar a GNR e a Banda da Armada, dado serem participantes no Tatoo Militar a realizar no Funchal, colaborou ainda em actividades do Dia da Marinha no Porto Santo.
Durante a sua estadia no Arquipélago da Madeira desembarcou na Ilha Deserta Grande 02 viaturas anfíbias LARC-5 dos Fuzileiros e por estes guarnecidas, com o objectivo de descarregar uma casa pré-fabricada para utilização dos Guardas do Parque Reserva Natural.
LARC-5 dos Fuzileiros na Ilha Deserta Grande com o "São Miguel" ao largo (Foto cedida por Revista da Armada).
LARC-5 dos Fuzileiros na Ilha Deserta Grande com o "São Miguel" ao largo (Foto cedida por Revista da Armada).
Entre 25 de Julho e 20 de Agosto de 1988, realiza uma Missão Logística à Madeira, Açores e novo regresso à Madeira, apoiando FA’s transportando carga em contentores, viaturas e pessoal militar, escalando Funchal, Ponte Delgada, Horta e Praia da Vitória.
Entre os dias 23 de Setembro e 01 de Outubro de 1988, realizou o lançamento ao mar de 3.200 bombas fora do prazo de validade num total de 500 toneladas da FAP.
Entre os dias 23 de Setembro e 01 de Outubro de 1988, realizou o lançamento ao mar de 3.200 bombas fora do prazo de validade num total de 500 toneladas da FAP.
Em Dezembro de 1988, efectuou uma missão logística à Região Autónoma da Madeira e dos Açores, transportando 800 toneladas de material dos 3 ramos das FA's inclusivo 27 contentores, 16 viaturas pesadas e 26 médias.
1989:
Entre finais de 1988 e 26 de Junho de 1989, o navio esteve em Docagem e Revisão Intermédia, na doca de Rocha de Conde d’ Óbidos, do dia 26 e 29 de Junho de 1989, no âmbito do seu regresso ao serviço, realiza um PTB com a Corveta “João Coutinho” e o Navio-Balizador “Schultlz Xavier”.
"São Miguel" doca de Rocha de Conde d’ Óbidos.
"São Miguel" doca de Rocha de Conde d’ Óbidos.
No período compreendido entre 06 de 31 de Julho de 1989, efectuou 04 operações de lançamento ao mar de munições degradadas do Exército Português, num total de 4.000 toneladas.
Entre 23 e 30 de Setembro de 1989, participou às ordens do Comando Naval da Madeira no exercício conjunto "ZARCO 89", procedendo ao transporte de pessoal, viaturas e material do Exército Português entre Funchal - Porto Santo - Funchal.
Entre 04 de Setembro e 04 de Outubro de 1989, efectuou uma missão logística às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, escalando Funchal / Porto Santo / Horta / Praia da Vitória e Ponta Delgada, transportando na ida 4.370m3 toneladas de material dos 3 ramos das FA's (72 viaturas, 83 contentores e 118 pequenos volumes), no regresso ao continente transportou 01 lancha da Marinha Portuguesa e 03 aviões caça-bombardeiro ligeiro de ataque ao solo FIAT G-91 da FAP.
FIAT G-91 da FAP a bordo do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
FIAT G-91 da FAP a bordo do "São Miguel" (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
Entre os dias 11 e 12 de Outubro de 1989, o navio atraca no Cais Naval do Ponto de Apoio Naval de Tróia (PANTROIA), onde por iniciativa do Comando do navio embarca a bordo poitas de cimento de 150 toneladas, o que permite ajudar a resolver um dos principais problemas do navio, estabilidade quando navega vazio e passar a dispor de lastro fixo.
A 21 de Outubro de 1989, desloca-se até Norfolk - EUA com o desiderato de realizar uma missão logística para o Exército Português (que custeou a operação) efectuando o transporte de 420 toneladas de material, constituído por:
- 36 Camiões tractores M-818;
Camiões tractores M-818 desembarcado do "São Miguel" na Base Naval do Alfeite (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
Camiões tractores M-818 desembarcado do "São Miguel" na Base Naval do Alfeite (Foto cedida por Cte. Brito Subtil).
- 05 Viaturas blindadas ligeiras de lagartas M-106 A1 porta-morteiro;
- 01 Viatura blindada ligeira sobre rodas de reconhecimento CADILLAC GAGE V-150 S COMANDO 4x4;
Camiões M-818, blindado V-150 e blindado M-106 a bordo do "São Miguel" durante a estiva em Norfolk - EUA (Foto cedida por Cte. BritoSubtil).
Camiões M-818, blindado V-150 e blindado M-106 a bordo do "São Miguel" durante a estiva em Norfolk - EUA (Foto cedida por Cte. BritoSubtil).
- 161 Caixotes de carga geral (20 toneladas do Exército Português e 01 tonelada da Marinha Portuguesa.
As 42 viaturas pesadas foram oferecidas, sendo que toda a carga veio estivada nos porões, ficando sobrante apenas 1/6 do espaço, o navio regressou a Portugal a 20 de Novembro do mesmo ano, tendo navegado 7.200 milhas.
1990:
Entre os dias 03 e 05 de Janeiro de 1990, participa no exercício anfíbio dos Fuzileiros ”ALFA”, transportando-os para a área de exercício.
COMBATE À POLUIÇÃO EM PORTO SANTO:
Entre 20 de Janeiro e 12 de Abril de 1990, após ter sido detectado uma “Maré Negra” por um avião C-212 AVIOCAR da FAP em missão de patrulha marítima, o “São Miguel” transportou material de combate à poluição para as acções de limpeza das costas Norte, Nordeste e Leste da Ilha de Porto Santo, devido à “Maré Negra” provocada pelo derrame de 25.000 toneladas de crude a 30 de Dezembro de 1989, na sequência de um rombo na proa do Petroleiro espanhol “Aragón”, proveniente das Ilhas Canárias.
Procedeu ao transporte de crude recolhido em bidons para o Funchal e ao transporte de equipamento especial nacional e recebido da Suécia, entre o Porto de Leixões e Porto Santo.
O "São Miguel" atracado por estibordo em Porto Santo, durante a missão de apoio ao combate à poluição (Foto cedida por Cte. BritoSubtil).
O "São Miguel" atracado por estibordo em Porto Santo, durante a missão de apoio ao combate à poluição (Foto cedida por Cte. BritoSubtil).
Pelo mesmo período transportou e desembarcou material para se efectuar à reconstrução da Casa do Parque Natural da Ilha Selvagem Grande, que fora destruída por acção do mar.
Entre 14 e 18 de Maio de 1990, procede ao lançamento ao mar de munições da FAP (350 toneladas) e da Marinha Portuguesa (50 toneladas).
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6.º ANIVERSÁRIO DA DELEGAÇÃO DE FUZILEIROS DO DOURO LITORAL
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ALMOÇO DE NATAL DA ASSOCIAÇÃO DE FUZILEIROS
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EXPOSIÇÃO NO AQUÁRIO VASCO DA GAMA
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